CAFÉ E FERROVIA

Data de 1727 a chegada do café ao Brasil, segundo a lenda, pelas mãos de Francisco de Melo Palheta, que trouxe algumas mudas da Guiana Francesa para o Maranhão. Passados quase 40 anos chegaria ao Rio de Janeiro. Entretanto, somente no início do século XIX a cafeicultura ganharia força expressiva na economia brasileira depois de se instalar no Vale do Paraíba, inicialmente na região de Vassouras-RJ, fazendo da província fluminense a maior região produtora de café do mundo.

Com o crescimento das exportações e o esgotamento do solo fluminense decorrido nas primeiras décadas do século XIX a cultura cafeeira ganhou espaço no sul de Minas Gerais e na região paulista do Vale do Paraíba, chegando na região de Campinas em meados daquele século.

A progressiva expansão da lavoura cafeeira rumo ao interior paulista proporcionou extraordinário crescimento econômico trazendo consigo a necessidade de um transporte eficiente para o escoamento da produção e de um considerável contingente de mão-de-obra, promovendo o contínuo adensamento populacional.

A implantação de estradas de ferro em São Paulo, iniciada em 1867 com a inauguração da São Paulo Railway, foi um fator preponderante para a expansão da lavoura cafeeira interior adentro, colocando a província no topo do ranking mundial de produção de café.

A ascensão econômica promovida pela parceria entre café e ferrovia trouxe grandes transformações para a paisagem paulista com o surgimento de novas cidades, o crescimento de muitas entre as já existentes e a instalação de um parque industrial robusto na capital e imediações a partir dos anos de 1880.

Fruto de grande riqueza e desenvolvimento, não tardaria para que o café fosse alçado como nosso “Ouro Verde”, expressão cunhada em alusão ao ouro que enriqueceu os Estados Unidos e contribuiu para a colonização do oeste norte americano.

“TREM OURO VERDE”
UMA HOMENAGEM AO
FRUTO DA RIQUEZA PAULISTA!